São Paulo - Os policiais Paulo César Ronceiro, Edson Luiz Ronceiro, Adélcio Carlos Avelino, e o comerciante Carlos Alberto da Costa foram condenados a 16 anos e quatro meses de reclusão pelo assassinato do jornalista Luís Carlos Barbon Filho, ocorrido em 5 de maio de 2007 na cidade de Porto Ferreira, interior de São Paulo. O julgamento foi realizado no 5º Tribunal do Júri de São Paulo pelo juiz Cassiano Ricardo Zorzi Rocha. A sessão, que começou a manhã de 26 de março, estendeu-se até a madrugada do dia seguinte, 27 de março.
Na sentença, o juiz acrescentou uma pena de dois anos de reclusão em regime fechado para Costa, Avelino e Edson Luiz Ronceiro por crime de formação de quadrilha. Também determinou o desligamento dos policiais de seus cargos na Polícia Militar.
O quinto acusado, o policial Valnei Bertoni, teve seu processo desmembrado porque entrou com um recurso e não há previsão de data para ser julgado.
O crime aconteceu por volta das 21h do dia 5 de maio, quando Barbon estava no Bar das Araras, localizado no bairro Jardim Primavera, em Porto Ferreira. Bertoni disparou contra o jornalista, matando-o. Por erro, um dos projéteis atingiu também Alcides Marcilio Prata Catarino, que não morreu - mas a sentença do juiz levou em conta também esta tentativa de homicídio.
As investigações chegaram à conclusão de que Costa forneceu a arma do crime; Paulo César Ronceiro conduziu a moto para o local e ajudou com a fuga do executor; Edson Luiz Ronceiro escondeu a arma para ajudar na fuga de Bertoni e Paulo César; e Avelino foi quem organizou e dirigiu o grupo.
Barbon trabalhava na Rádio Porto FM e no Jornal do Porto, onde fazia denúncias contra irregularidades de todos os tipos.
Vendia também publicidade e pretendia candidatar-se a vereador. Por conta de seu trabalho, havia recebido ameaças de morte. Pouco antes de morrer, tinha assumido publicamente a defesa do dono do Bar das Araras, que estava tendo problemas com fiscais da Prefeitura e policiais.
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