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Brasil
3 de junio de 2008
Seqüestro e tortura de profissionais de imprensa no Rio geram protestos
FENAJ/Sindicato dos Jornalistas

O seqüestro e tortura de uma repórter, um fotógrafo e um motorista do jornal O Dia por uma milícia que domina a Favela do Batan, em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, gerou forte reação do Sindicato da categoria e da FENAJ. Além de providências das autoridades, as duas entidades cobram providências das empresas jornalísticas. Nesta segunda-feira (02/06) as entidades lançaram duas notas e foi definido um plano de ação para atacar o problema.

A equipe de O Dia passou vários dias na região para mostrar o cotidiano de uma favela dominada por uma milícia – formada majoritariamente por policiais - que cobra para garantir a segurança dos moradores. Ocorrido no dia 14 de maio, o crime só foi revelado no sábado (31/05). Os profissionais ficaram submetidos aos bandidos por sete horas, sofrendo agressões e ameaças de morte.

Para o Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro e a FENAJ, o governo do Estado do Rio de Janeiro tem que impedir a ação criminosa de seus próprios agentes. Em contanto com dirigentes sindicais, representantes da Secretaria Estadual de Segurança Pública informaram que as investigações estão em estágio adiantado, com possibilidade de prisão de alguns dos criminosos em curto prazo.

Cobranças ao governo e às empresas
Sérgio Murillo de Andrade, presidente da FENAJ cobrou mais ação do governo estado “que tem que garantir a segurança dos profissionais e de suas famílias”. E considera que as empresas também têm responsabilidade na proteção a saúde e vida de seus trabalhadores. “A cobertura dos fatos é imprescindível, mas é inaceitável que os veículos de comunicação coloquem seus funcionários sob risco de vida”, protesta.

Suzana Blass, presidente do Sindicato dos Jornalistas, conta que em reunião realizada nesta segunda-feira (02/06), foi definido um plano de ação para atacar este e outros problemas que envolvem a segurança dos profissionais. “Já cobramos uma reunião com o Sindicato patronal, pois a hora é essa para instalarmos comissões de segurança nas redações”, diz lembrando que esta reivindicação – de instalação de comissões com representantes do Sindicato dos Jornalistas, do pessoal de redação e da empresa, para avaliação de pautas - é levantada há vários anos e sempre recusada pelos patrões.

Outras ações definidas foram uma visita à redação de O Dia para contato com os profissionais e verificar se estão bem, contato permanente com as autoridades de segurança do estado e discussão com outras entidades, como a ABRAJI, OAB e ABI, a cobertura da imprensa em áreas de risco. “A vida é muito mais valiosa do que a concorrência entre os jornais ou a disputa por um furo de reportagem”, defende Suzana.

PM agride jornalista em Pernambuco
A violência policial contra profissionais de imprensa fez mais uma vitima no dia 30/05, no município do Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco. O repórter Wilson Firmo, do jornal Tribuna Popular, foi agredido por um capitão da Polícia Militar, quando cobria um ato de protesto de diversas categorias de trabalhadores.

Veja, a seguir, as notas oficiais das entidades dos jornalistas sobre os dois casos.

Carta aos jornalistas brasileiros

Após seis anos da tortura e assassinato do jornalista Tim Lopes na Vila Cruzeiro, o Rio de Janeiro volta a ser agredido por outro episódio brutal envolvendo profissionais da imprensa. Desta vez, uma equipe do jornal O Dia foi seqüestrada e torturada durante sete horas, quando fazia reportagem sobre milícias na favela do Batan, em Realengo. Tim foi vítima de bandidos do tráfico, enquanto a equipe de O Dia teve como algozes o braço paramilitar de um Estado no qual a infiltração do crime só faz avançar.

O Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro luta há meia década pela instalação de comissões de segurança nas redações, formada por jornalistas que fiscalizem as medidas de proteção à vida e avaliem os riscos de cada cobertura. Os patrões, de forma irresponsável, se recusam a dialogar, deixando à mercê da sorte a vida de dezenas de profissionais que denunciam o estado paralelo no Rio de Janeiro.

Os profissionais do jornal O Dia merecem a solidariedade da população. Agiram movidos pelo desejo de denunciar o nefasto fenômeno da substituição do narcotráfico por bandos opressores do próprio Estado. A tortura de Realengo fez desmoronar a ilusão dos que acreditam em soluções clandestinas. Cumpre somente ao poder público a obrigação de dar segurança aos seus cidadãos. Não há outro caminho a não ser exigir dos homens públicos, que se submetem ao voto popular, a promoção da paz social.

A ousada operação para descrever a rotina de uma comunidade dominada pelas milícias pôs em risco a vida dos profissionais envolvidos. O Sindicato e a Federação Nacional dos Jornalistas protestam contra a decisão da empresa de expor seus trabalhadores a tamanho risco. É inaceitável que a tragédia de Tim Lopes, da TV Globo, não tenha conscientizado as empresas de que nenhuma denúncia ou prêmio de Jornalismo vale uma vida.

É preciso encontrar um meio de a imprensa cumprir seu papel de informar com responsabilidade, garantindo a integridade de seus jornalistas. É assim, com segurança, que o Sindicato defende a união dos veículos de comunicação para dar uma resposta vigorosa aos bandos de milícias que oprimem as comunidades sob a certeza da impunidade.

O pior caminho para a imprensa será deixar que a tortura de Realengo atinja o objetivo dos torturadores: calar o jornalismo. Para denunciar o equívoco das milícias, no entanto, não é necessário manter repórteres por duas semanas em territórios controlados por assassinos profissionais. A técnica de infiltração é própria de polícias com instrumentos de alta tecnologia, após treinamentos intensivos de meses ou até anos. Não é tarefa para jornalistas.

O Sindicato e a FENAJ esperam que o episódio de Realengo desperte a consciência dos donos e diretores dos meios de comunicação para que não mais busquem a audiência expondo a vida de seus profissionais e discutam com responsabilidade as reivindicações da categoria, representada por esta entidade. Para cumprir seu papel de informar, o jornalismo não pode ignorar que a vida é, de tos, o prêmio mais precioso.

Rio de Janeiro, 2 de junho de 2008

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro

Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ

NOTA DE PROTESTO
O Sindicato dos Jornalistas do Estado de Pernambuco vem protestar contra o ato de truculência praticado por um oficial da Polícia Militar de Pernambuco, no dia de hoje (30/05), no município do Cabo de Santo Agostinho - Região Metropolitana - que, numa demonstração de despreparo para se portar em manifestações populares, agrediu a um jornalista que estava no livre exercício de sua profissão. Ao cobrir um ato de protesto de diversas categorias de trabalhadores, pelo jornal local Tribuna Popular, o repórter Wilson Firmo foi alvo da violência do capitão PM Vieira, numa atitude injustificável - não só pela truculência, mas também por não haver motivo e por o profissional portar a identificação -, além de desmedida e de claro abuso de poder. O repórter fazia a cobertura do protesto que reunia agentes de saúde, reivindicando a efetivação no quadro do município, servidores públicos e ambulantes - que foram proibidos de comercializar no centro da cidade e desejam discutir alternativas de geração de renda -, entre outras categorias.

Os manifestantes tentavam conversar com o prefeito Lula Cabral, esperado para ato oficial agendado na Câmara de Vereadores. Na repressão, o repórter Wilson Firmo foi, inicialmente, empurrado pelo capitão Vieira, que em um segundo ataque forçou o cassetete sobre a garganta do jornalista e, por último, partiu para cima do profissional, atingindo o seu celular e danificando-o com a queda ao chão. Boletim de ocorrência (BO-08E0130003101) foi registrado na delegacia local. O SinjoPE se solidariza com o profissional, protesta contra o despreparo do oficial, pede a sua punição pelos seus superiores e a reparação do dano material causado ao jornalista.

A Diretoria



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